quinta-feira, 6 de maio de 2010

Mulherzinhas

Quando decidi ler Mulherzinhas, as expectativas não eram muito elevadas. Julgava tratar-se de mais um drama familiar do século XIX, sobre a sociedade burguesa da altura e os seus hábitos requintados aliados aos preconceitos sociais. Bem, por um lado tinha razão e por outro enganei-me redondamente. Mulherzinhas é de facto um drama familiar sobre a sociedade vitoriana, mas está longe de ser fútil.
Nesta obra, através das aventuras e desventuras das irmãs Meg, Jo, Beth e Amy, são-nos transmitidos importantes valores morais, que foram moldando o carácter das raparigas ao longo do enredo.

A história, que nos é tão habilmente contada pela autora Louisa May Alcott, retrata a vida das quatro irmãs acima referidas, durante a ausência do seu pai, na guerra. As meninas, à guarda da mãe, mulher de grande sensatez e benevolência, aprenderão - por vezes à custa dos seus próprios erros - que para além de os bens materiais se lhe escassearem, o facto de se terem umas às outras é sem sombra de dúvida o maior tesouro que um homem pode ter.

É impossível deixar de aconselhar esta obra que tanto me cativou, tanto pela beleza da escrita como pela importante mensagem que transmite ao leitor.

2 comentários:

Jacqueline' disse...

Não podia acrescentar mais. Fico muito contente por saber que também gostaste e que te surpreendeu :)

Alice Matou-se disse...

Por acaso quando o leste li a tua critica, que foi aliás, o que me motivou mais à leitura de "Mulherzinhas" :D