quarta-feira, 7 de julho de 2010

Catarina de Aragão - A Princesa Determinada


Antes de ler este livro, nem eu próprio sabia o quanto gosto de romances históricos. As minhas leituras nesse campo são um bocado limitadas (embora contem com grandes livros, como os dois Aztec, de Gary Jennings), e embora sempre tenha gostado de história, sou mais virado para os antigos gregos e romanos, vikings e afins. Assim essa história mais antiga. A época dos reis começa a desagradar-me, em especial quando é de uma época já tão próxima da nossa como a época deste livro (embora já tenha sido há 500 anos).

Mas este livro tratava de uma série de personagens em específico que sempre me agradaram. Henrique VIII de Inglaterra e Catarina de Aragão. E além do mais, esta autora só tinha boas críticas. E, qual cereja em cima do bolo, encontrei-o a 13€. Não resisti, foi mais por impulso que outra coisa, mas não me arrependo.

O livro retrata a vida de Catarina, primeiro Infanta de Espanha e Princesa de Gales, depois Catarina de Aragão, Rainha de Inglaterra. E a autora consegue acompanhar a vida da personagem de forma magistral, registando os momentos mais marcantes, e alternando entre narrativa na terceira e primeira pessoa, esta última pela voz da própria Catarina.

Está realmente muito bem escrito, e consegue transmitir a ideia que nos é logo dada pelo subtítulo: A Princesa Determinada. Pois isso é realmente a única coisa que é constante durante todo o livro, a determinação de Catarina. Desde a primeira à última página, ela nunca desiste, não se submete e não se resigna. Enfrenta sempre todo e qualquer obstáculo de cabeça erguida, e consegue, na maior parte das vezes, ultrapassá-lo. É a vida de uma mulher espantosa, que aqui podemos acompanhar no seu trajecto de Infanta de Espanha a Rainha de Inglaterra.

Para finalizar, tenho só que destacar duas coisas, uma positiva e uma negativa. Pela positiva, devo dizer que embora seja um período da história relativamente conhecido, muito graças à série Os Tudors, a autora consegue criar suspense. Juro. Embora eu já soubesse o que ia acontecer, pois conheço este período histórico, houve alturas em que duvidei se aquilo ia mesmo acontecer ou não. Nisso, foi genial. Por outro lado, pela negativa, tenho o final. Não gostei. Ou melhor, não gostei do salto temporal dado no final. Depois de um livro a evoluir de três em três meses, mais coisa menos coisa, temos um salto de 16 anos, que me deixou um gosto algo amargo na boca. Será que não aconteceu nada de interessante durante esse tempo? Duvido muito. Sendo assim, fiquei com a sensação que o livro podia ter esticado mais um bocado, o que teria sido muito bom, pois adorei o livro.

Mas pronto, nada que tire o prazer ao livro... É uma autora a reler, sem dúvida.

2 comentários:

Anónimo disse...

Ainda estou começando a ler, achei o começo um tanto lento. Achei interessante que a capa de Portugal é diferente da nossa do Brasil!

http://1.bp.blogspot.com/_hTWTHKh3-yc/SZi6k_sHsYI/AAAAAAAAFG8/1-MS90LT268/s400/princesa+leal.jpg

Rui Bastos disse...

Pode começar devagar, mas compensa ;)

E a capa usa a mesma imagem, se bem que acho que prefiro a do Brasil :p