quarta-feira, 12 de junho de 2013

By the light of the moon

Título: By the light of the moon
Autor: Dean Koontz

Sinopse: When Dylan O'Conner, together with his autistic brother, Shepherd, pulls into a motel off the interstate highway, all he wants is a good night's sleep. Yet within the hour he finds himself bound, gagged and being injected with a mysterious fluid by a lunatic doctor, who claims Dylan will be the carrier of 'his life's work'.

Comedian Jillian Jackson is midway through a tour of seedy venues, accompanied by her pet pot plant Fred. But her plans for stardom are dramatically altered when she too falls victim to the eccentric scientist.

The doctor wars his victims that he is being pursued and that they too are now targets. If they are caught, they will be killed. Both are sceptical. Before longe, they are beginning to wonder if the lunatic doctor wasn't quite so mad after all.

Opinião: Esta leitura teve altos e baixos de intensidades quase opostas, o que é uma pena. Tinha bastante curiosidade relativamente a este autor, que me chamou a atenção depois de começarem a aparecer opiniões aos seus livros que metiam o monstro de Frankenstein. Quando vi este à venda e reparei no comentário da Publishers Weekly que vem na contracapa, fiquei rendido: 'Koontz has bridged the gap between the occultism of Stephen King and the scientism of Michael Crichton'. Um autor que supostamente está algures entre um dos meus autores favoritos e o gajo que escreveu o Parque Jurássico? Sold!

A acção passa-se praticamente toda ao longo de 24 horas, pouco mais, e achei espantoso a forma como o livro se leu tão depressa e ainda só tinham passado umas 10 horas, depois de ler 200 e tal páginas. É de louvar a forma como Koontz consegue dar um ritmo tão rápido e intenso à história sem fazer com que tudo aconteça em meia dúzia de páginas.

Grande parte disso deve-se aos devaneios do narrador sobre as personagens, ou às reflexões das próprias personagens que, espantosamente, não quebram o ritmo da narrativa. Mas por outro lado, para um thriller, a história é muito morninha. Começa bem, de rompante e a surpreender-me tão bem como às personagens, mas depois, e apesar do ritmo intenso que me manteve colado às páginas, a história em si não avança grande coisa até às últimas páginas, em que tudo começa a ficar mais interessante e a fazer-me soltar exclamações de surpresa a cada meia dúzia de páginas. E é então que chega mesmo ao fim. Improvável, tendo em conta a história, ligeiramente idiota, e extremamente pouco convincente.

Felizmente as personagens eram interessantes. Algumas. O médico lunático aparece pouco mas tem um grande carisma, e Shepherd, o irmão autista, está muito bem retratado, com todos os seus tiques e as suas obsessões, invariavelmente a terem algum papel no enredo que raramente se percebe à primeira. E a interacção entre esta personagem e as outras, bem como com o mundo real e com o seu próprio mundo, é das partes mais interessantes. A dificuldade em comunicar com ele, as constantes demonstrações do seu intelecto superior, balançado com a sua atitude infantil... Muito bom.

Mas no geral o livro desapontou-me. Acho que podia ser muito melhor, até porque lê-se de facto como um bom thriller, rapidamente e com algum vício à mistura, mas a história acaba por deixar a desejar, especialmente o fim. A sério, estou bastante chateado com o fim. Parece que caiu do céu. Ou que o autor escreveu as primeiras 400 páginas de rajada, e depois escreveu as últimas 70 passados alguns anos e já não sabia bem que história estava a escrever. Enfim, as outras obras do autor continuam a despertar-me alguma curiosidade, mas desceram algumas posições na minha lista de leituras.

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