Título: Eu, Wolverine
Argumento: Chris Claremont
Arte: Frank Miller
Opinião: Raramente digo que não a ler qualquer coisa com o Wolverine. É dos meus super-heróis favoritos: para terem noção do quanto gosto dele, vi todos os filmes dos X-Men e ambos os Wolverine. Foi preciso um certo nível de devoção, garanto-vos...
Felizmente, no que a banda desenhada diz respeito, acho que é complicado um autor estragar uma personagem como esta. Eu sei que as más histórias (e as terríveis) dele devem andar por aí, mas até agora nunca me vi muito mal servido.
Este livro não foge à excepção, e eu nem sequer sabia que era a base para o filme mais recente, ou muito provavelmente teria adiado a sua leitura. Não o fiz e não fiquei desapontado.
O retrato de Wolverine enquanto um "samurai falhado" é fantástico. Faz sentido com representações anteriores da personagem, e é pareceu-me ser uma evolução natural na compreensão que o público tem da personagem. Pelo menos eu não estranhei.
As outras personagens já não me fascinaram tanto, mas este Wolverine com problemas, com dificuldades e a debater-se não só com o mundo e os vilões, mas consigo próprio, agradou-me. Não me deu propriamente uma visão nova da personagem, embora talvez o tenha feito aos leitores da altura, mas é impressionante a forma como Claremont e Miller conseguem fazer com que a personagem contraste tão fortemente com o cenário da história, o Japão, ao mesmo tempo que se integra na perfeição.
O equilíbrio é delicado, e só mostra o quão complexa é esta personagem, e o porquê de ser tão popular. Para além das gloriosas patilhas, obviamente.
Uma boa leitura, que aconselho não só a fãs da personagem, mas a toda a gente com o mínimo de interesse, ou até a quem tenha vontade de descobrir o mundo das BD's.
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