Título: Comix Record
Argumento: Alessandro Sisti, Francesco Artibani, Tito Faraci, Enrico Faccini, Massimo Marconi, Marco Bosco
Ilustrações: Claudio Sciarrone, Corrado Mastantuono, Enrico Faccini, Massimo De Vita, Nicola Tosolini
Tradução: Isabel Canhoto, Marta Amaral
Opinião: Como qualquer cromo literário que se preze, tenho um fraquinho por edições de coleccionador, limitadas, especiais, de luxo, seja o que for. Esta Comix Record ainda por cima tinha uma premissa fantástica: reunir histórias que se destacaram de alguma forma.
Desde a mais pequena (uma história inteira impressa numa só página!!), à mais romântica, passando por uma sem diálogos e até por uma sem desenhos, esta pequena BD é uma delícia.
A primeira é exactamente a mais pequena de sempre, de tal forma que na altura da publicação original a revista foi vendida com uma lupa. A revista apresenta a versão original e depois uma versão em tamanho normal. Chama-se Mickeyzinhoinho, e é uma história engraçada, que brinca com paradoxos temporais e máquinas que encolhem coisas. Não é nada de extraordinário, mas tem um valor histórico curioso.
Depois vem Mickey e o rio do tempo. A princípio fiquei duvidoso, porque pensei que fosse uma modernização da história antiga mais conhecida do Mickey, mas não, é uma homenagem/sequela bastante bem feita e que me agradou. Foi porreiro ver o Bafo e o Mickey a trabalhar juntos, e os camponeses ricos por causa do peixe que engoliu o diamente (twist! ah!), e o final com os dois a partilharem aperitivos, foi bonito.
Dois passos no parque, centrada no Peninha (e na sua aselhice), tem o Tio Patinhas, o Donald e os três sobrinhos a gozarem com o desgraçado numa história sem uma única fala. Apenas imagens. Bem executada, mas esperava muito mais, talvez uma qualquer razão para não haver falas (além do "bora fazer humor mudo", o que não é completamente mau).
Huguinho, Zezinho e Luisinho, e o tempo das maçãs, nada má, a história toda amorosa e o catano... A princípio torci o nariz (pelas mesmas razões do ilustrador, aparentemente), mas depois até gostei, confesso.
Por fim vem Patos às apalpadelas, que por um lado foi a decepção do livro. Uma história de BD sem desenhos, só falas, por causa de um apagão na Caixa Forte, quando lá se estava a festejar o primeiro negócio do ano para o Tio Patinhas. Gostei, e a coisa está bem feita, mas tem demasiadas personagens e fica confuso.
De destacar ainda a pequena introdução história que antecede cada história e que é sempre um bom complemento a este tipo de coisas. Um livro agradável, que podia ter sido bem melhor, mas que não pecou muito, e que é sem dúvida obrigatório para coleccionadores!
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