Trata-se da primeira obra que leio de Fernando Pessoa, uma narrativa curta, um pequeno ensaio sob a forma de diálogo sobre a Anarquia.
A conversa desenrola-se entre um banqueiro, aparentemente anarquista que justifica os seus ideais a um amigo, que pensa inconciliável o estatuto de banqueiro com a política anárquica.
O banqueiro expõem, então uma série de pontos de vista e ideias com a mais racional linha de pensamento, e defende ainda que a única forma de um anarquista se tornar um pleno homem livre, é ser rico.
Diz ele, que só se sendo rico, se pode estar imune ao factor de maior peso da sociedade burguesa: o dinheiro. E justifica assim a sua profissão, dizendo-se ainda um homem praticamente livre, uma vez que é imune ao peso do capital.
Muito interessante, e realista, bem aos modos de Fernando pessoa, e considerado por muitos a melhor ficção do autor, um ensaio com o seu quê de contraditório, que deixa definitivamente o leitor a meditar sobre o assunto.
2 comentários:
Olá,
Que coincidência...li esse livro ainda há um mês atrás...
Este livro só mostra que o tamanho de uma livro não interessa em relação à qualidade (ex.:Filho de Odin). "Pequeno e eficaz".
Era difícil não gostares desse livro Sra. Arisu pois conhecendo os teus gostos (que não conheço lá muito)não é dificil apostar em tal coisa. Ahah na brincadeira.
Adeus econtinuação de bom trabalho exma. Sra. Arisu.
Atenciosamente,
Antº de Campos Gomes
Olha lá ó Tony, os meus e os teus interesses políticos não são para aqui chamados ok?
Isto começa a ficar demasiado pessoal para o meu gosto...
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