segunda-feira, 24 de junho de 2013

A Dama de Espadas


Título: A Dama de Espadas
Autor: Puskine
Tradutor: José Marinho

Sinopse: A velha condessa Ana Fédotovna - na sua juventude apelidada de a Vénus Moscovita - esconde um segredo... um segredo que pode tornar qualquer homem milionário ou destruir-lhe por completo a vida. Numa noite longa, durante um jogo de cartas, Tomski, o neto da condessa confidencia aos amigos parte do segredo da avó. Mas entre eles está o ambicioso Hermann, rapaz sem escrúpulos que vai tentar arrancar à velha senhora todos os pormenores que o poderão tornar o homem mais rico do mundo. Pelo meio, não hesitará em humilhar e quase levar à loucura Lisavete Ivanovna, a singela dama-de-companhia da condessa.

Opinião: A Dama de Espadas é um pequeno conto bastante curioso, com um final que me conseguiu surpreender e que me fez gostar bastante do conto em geral.

A escrita é a esperada de um autor russo clássico: formal, cuidada, trabalhada, enfim, basta dizer "clássica" e acho que se percebe bem a ideia.

As personagens nunca são particularmente interessante, mas atribuo isso à pequenez da história, algo que vai de encontro à minha opinião de que os autores russos estão, de uma forma geral, talhados para grandes romances.

Por outro lado, este conto prova que também sabem escrever coisas mais pequenas. Neste caso uma história sobre um certo truque que permite ganhar ao jogo, e que uma velha condessa hesita em revelar.

Sucedem-se manipulações, aldrabices e algumas condutas muito pouco morais, tudo sempre muito colorido pelas emoções intensas que as personagens dos escritores clássicos parecem sempre viver a toda a hora.

Como já dei a entender, a história não é particularmente interessante até mesmo ao momento final, em que a história ganha um novo significado. Aconselho a leitura, ainda para mais sendo algo tão pequenino e que não demora mais do que 10 ou 15 minutos a ler!

2 comentários:

helena frontini disse...

Concordo com a análise, também o tenho e li-o num ápice.

Marta disse...

Também o li, apesar de ser um livro com poucas páginas é muito bom e põe certos calhamaços a um canto.