sexta-feira, 14 de junho de 2013

Star Wars: Clássicos 7



Título: Star Wars: Clássicos 7

Guiões: David Michelinie, Michael Fleisher
Desenhos: Walter Simonson, Joe Brozowski, Carmine Infantino
Arte-final: Tom Palmer, Vince Colletta, Rudi Nebres
Cores: Glynis Wein, Tom Palmer, George Roussos
Tradutor: Renato Neves

Opinião: Embora se mantenha relativamente interessante, só continuo a ler estas BD's porque sou um grande fã de Star Wars. Os argumentos por vezes são bastante ridículos, os diálogos sofríveis, e a arte tem variações brutais entre livros, e às vezes dentro do mesmo livro, e nem sempre o resultado é tão bom quanto isso.

Neste volume em particular, uma das histórias consiste numa personagem a contar a sua história de vida. Tudo bem até aqui. O problema é isto passar-se a meio dum tiroteio. Sim, foi um desses momentos parvos que assalta muita BD de super-heróis, durante os quais está a acontecer a maior parte da acção a um ritmo estonteante, e alguém está a falar que se desunha.

Histórias previsíveis, algumas intensas, pelo menos foi interessante ver uma história com o Skywalker a duvidar de si próprio e a questionar o seu próprio estatuto de herói-bom-da-fita, que nunca tem propriamente razão de ser para além de "sou um dos bons". Algumas das histórias também têm desenvolvimentos demasiado simples, normalmente com Luke a resolver tudo recorrendo à Força, uma das suas melhores armas e da qual só se lembra de vez em quando, curiosamente quando a história se meteu nalgum beco e está a precisar de um milagre para continuar sem matar um protagonista, ou algo do estilo.

E não se preocupem, os soldados imperiais continuam inúteis. Já consumi uma boa dose de Star Wars, entre filmes, séries, paródias e BD's, mas é algo que me deixa sempre de boca aberta. Para o grupo mais poderoso do Universo, o Império deve ter os piores militares de sempre.

Na penúltima história, que envolve ladrões de água, os diálogos e os monólogos chegam a ser verdadeiramente dolorosos. Muitas das vezes o seu único objectivo é explicarem ao leitor o que se passa, o que não se faz num diálogo... É na narração. Ou nas imagens, sendo isto uma BD. Ou confiando que o leitor se lembra do que se passou na história anterior. Enfim.

Já mesmo na última história, os desenhos mudam radicalmente e a história não começa onde acabou, mas algum tempo à frente, sem mostrar grande continuidade directa. Mas pelo menos voltamos a ter direito ao Han Solo! É sem dúvida uma das personagens mais interessantes, e que me parece sempre muito mal aproveitada... Um bocado como o Darth Vader, o Lord Sith super poderoso que passa a maior parte do tempo nalguma nave gigante, a sufocar oficiais, em vez de andar por aí, a usar a Força para exterminar os Rebeldes.

Pronto, é isto, acho que estas BD's cada vez mais são fãs da saga e não para alguém que não tenha particular interesse, pelo simples facto de que não são tão apelativas quanto isso. Têm alguns momentos fantásticos, mas a maior parte do tempo têm uma qualidade mediana. É esperar que a Força esteja com os próximos volumes.

2 comentários:

Nuno Amado disse...

Rui, isto só começa a ser verdadeiramente interessante quando se dá a passagem da Marvel para a Dark Horse.
Esta primeira fase (Clássicos) é toda da Marvel, e surge no aproveitamento dos filmes da altura e a expansão do Universo Star Wars ainda não tinha sido bem pensada.
Claro que mesmo depois da passagem para a Dark Horse há histórias melhores e outras piores...
Mas no computo geral é muito mais interessante!
;)

Rui Bastos disse...

É uma pena... Isto podia ser tão brutal!