Autor: Adam-Troy Castro
Tradutor: Manuel Alberto Vieira
Bang! #13
Opinião: Essencialmente perturbadora, este conto tem pernas para andar logo desde o início. E de vez em quando de forma demasiado literal.
Bang! #13
Opinião: Essencialmente perturbadora, este conto tem pernas para andar logo desde o início. E de vez em quando de forma demasiado literal.
Adam-Troy Castro usa o futuro para explorar os horrores da guerra, apresentando-os muito bem e de forma simples: os soldados só morrem se forem completamente vaporizados. Qualquer coisa que sobra é devolvido aos entes queridos, com a consciência do soldado.
Há quem volte sem cabeça, há quem volte só um monte de órgãos internos dentro de uma caixa, quem volte só como uma tira de pele... E o marido da protagonista recebeu-o de volta só como mãos.
Se pensam que isto é perturbador, esperem até ouvirem falar de outra personagem, cujo marido também voltou só como mãos, que decidiu amputar as suas para usar as do marido.
Como já disse, o assunto está bem explorado, com uma escrita boa e cativante e um final, digamos... Feliz e perturbador.
(devia arranjar sinónimos de perturbador)
Aquilo que o autor fez melhor foi descrever as acções e o conflito interno da protagonista e do marido-mãos, com ambos a oscilar entre o horror, o medo e o amor, incapazes de ignorar o que se passa, como é óbvio.
No fim é um bom conto, que vale a pena ler. É bom ver autores com ideias originais (tanto quanto eu saiba), uma boa execução, e sem medo das consequências das suas ideias!
3 comentários:
Bem, acabo hoje o Balzac, parece-me que amanhã no comboio tenho leitura!
E é bem bom, devias mesmo pegar nisto!
Amanhã, está assente. Espicaçaste-me o interesse, estou demasiado curiosa!
Enviar um comentário