sexta-feira, 7 de novembro de 2014

X-Men #9


Argumento: Brian Michael Bendis
Arte: Frazer Irving, Frank Cho, Stuart Immonen, Wade Von Grawbadger, Marte Gracia
Tradução: Filipe Faria

Opinião: As partes correspondentes aos Uncanny X-Men continuam a deixar um sabor amargo. E por duas razões muito simples: a falta de ritmo e direcção da história criada por Bendis para a facção "menos boa" dos X-Men, e a arte de Frazer Irving, da qual não fiquei fã. Pelo menos não neste contexto.

Acho que é uma arte muito mais adequada a outro tipo de BD. E mesmo assim, tinha que ser algo muito específico. Gosto muito mais de ver uma arte mais cartoonizada, como a que aparece na primeira parte da Batalha do Átomo, uma história que promete, embora me dê algum receio, por causa destas brincadeiras de viagens no tempo.

É óbvio que isto não é mais do que um reaproveitar, à là Bendis, do famoso arco narrativo deste grupo que deu origem ao mais recente filme: Dias de um Futuro Esquecido. E isso podia ser óptimo, porque essa história, realmente, é das melhores de sempre dos X-Men, mas Bendis falha em algo muito básico, que é em dar algum carácter de urgência aos acontecimentos.

O que sucede é uma catadupa de desgraças que me deviam, enquanto leitor, ter motivado a ficar preso à história, ansioso por saber o que espera por estas personagens, mas Bendis conseguiu que eu ficasse tão emocionalmente desligado destes X-Men, que eu simplesmente não quero saber. Desde que vi a capa que estou mais curioso em saber como é que o Besta evoluiu para aquela figura grotesca com laivos de ave, do que propriamente em descobrir o que é que vai acontecer a seguir.

Isto leva a que tudo aconteça sem grande continuidade, mais como catalisadores de acção do que acção propriamente dita. O que é uma pena. A verdade é que estas revistas me têm vindo a desmotivar, e por muito que eu goste deste grupo, e vá gostando de cada novo número mensal, começo a duvidar que isto alguma vez vá ficar mesmo bom...

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