Bem, agora que já passei a
parte de algo parecido com desculpas esfarrapadas, vamos ao que interessa realmente num blog sobre
livros.
Quanto ao texto dos elitistas, continuo a apoiar 100% do que lá disse.
Já quanto ao texto das pragas, preciso de clarificar as coisas.
Logo para
começar, há modas e modas. As modas a que eu me referia eram modas na escrita e não na leitura. Sim, as duas estão
claramente associadas, mas pensem comigo. Uma coisa é de repente toda a gente
querer ler Saramago. Outra coisa é que por causa disso, toda a gente passe a
querer escrever coisas como o Saramago. Há modas e modas.
Os
romances sobre criaturas sensuais dirigidos a um público mais jovem são de
facto uma praga, digam o que disserem. Iniciou-se com Stephenie Meyer e
continuou por aí fora, com dezenas e dezenas de autores a escreverem os mesmos
tipos de livros, com os mesmos tipos de histórias, pura e simplesmente para
aproveitar a boleia.
E isso chateia-me. Quero lá saber
que haja gente que só leia isso. Não me podia estar a borrifar mais, a sério
que não. Mas de facto não foi isso que transpareceu.
Quero então deixar aqui bem claro
que continuo a não querer saber o que cada um lê, divirtam-se. Porno literário,
romances sobre criaturas sensuais, Fantasia do mais hardcore que existir, livros só com sangue e tripas, livros de
autores com um Nobel, clássicos com mais de 100 anos, ou livros de poesia
moderna.
Não quero é ver o panorama
literário a estagnar por causa de algo assim. Foi por isso que me insurgi
contra aquilo que denominei de “pragas literárias”.
Mas vendo bem, o panorama
literário não está estagnado. Talvez esteja um bocado, em algumas coisas, mas
continua a haver por aí muita literatura bastante acessível, muita dela mais do
que nunca.
Portanto sim, eu estava errado.
Ligeiramente. Só um bocadinho. Quase nada… Ok, eu estava errado. Mais na forma
como escrevi o que queria dizer do que outra coisa, mas reconheço que havia
alguma falha de ideias.
Não desesperem! Podem continuar a
mandar vir. Nem que seja porque eu continuo a não dar crédito às donas de casa
que lêem porno literário e olham com ar enojado para outras coisas.
Don’t get
me wrong, são livres de lerem o que quiserem e isso tudo, mas não façam de
conta que o fazem pela extrema qualidade literária, nem me digam que isso não é
porno.
E pronto, era isto. Acho que
acabei por falar pouco sobre livros e estive mais tempo a desculpar-me do que
outra coisa, mas pronto. Acordei bem disposto e achei que era uma altura tão
boa como outra qualquer para ganhar algum juízo.
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