Título: O Barril de Amontillado
Autor: Edgar Allan Poe
Tradutor: Alair de Oliveira Gomes
Opinião: Tenho a certeza de já ter lido este conto, bem como muitos outros de Poe, mas já foi há uns tempos e só pelo título não me lembrei de qual era este.
Só quando os tijolos começaram a ficar no sítio é que me lembrei, e mesmo assim não consegui impedir um arrepio face aos acontecimentos.
O protagonista, que narra a história, é muito provavelmente um psicopata. A forma fria e distante com que conta tudo é extraordinária e tenebrosa.
Poe era um mestre, disso ninguém pode ter dúvidas. A escrita é fantástica, a personagem principal está muito bem construída, é credível e transpira o seu aspecto psicopata. Fá-lo de forma discreta, ao princípio, mas esse sentimento que transmite vai-se intensificando com o passar da história e com o que ele vai fazendo.
Enfim, O Barril de Amontillado é um conto que acho ser bastante típico de Poe: por muito ao de leve que se comece a ler, acaba-se fascinado pelo ambiente, que Poe era muito bom a criar e a adequar à história que queria contar, e aprisionam-se pormenores na memória de forma quase primitiva.
As descrições de O poço e o pêndulo nunca me abandonaram, por exemplo, nem o que acontece no final deste conto, que é terror num dos seus expoentes máximos, se querem a minha opinião.
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