Título: Amor
Autor: Anton Tchékhov
Opinião: Sou cada vez mais um fã confesso de autores russos. Praticamente todas as vezes em que leio alguma coisa de um autor russo, fico rendido: ao estilo, à mestria da escrita, às descrições fabulosas e histórias intensas.
Sim, deixam-me rendido, completamente. Raramente me desiludem, pelo menos no que até agora li. Este conto de Tchékhov não é excepção.
Apesar do tema ser um que normalmente não tenho paciência para ver numa história, o autor consegue, à semelhança de outros de que já aqui falei, escrever uma história interessante e tão bem escrita que me mantém preso até ao fim.
A visão do amor que o autor apresenta tem características duais: se por um lado é cego e irracional, poderoso e devastador, por outro é também assustador, profundamente idiota e até insensível.
E o que Tchékhov demonstra, nesta história sobre uma paixão arrebatadora que se revela sem qualquer sentido, é que ambos os lados são indissociáveis e no fim não há vencedores, apenas amor, seja lá o que isso for exactamente!
O autor faz isso de forma muito interessante, e ainda por cima com uma escrita muito boa, que me manteve interessado pelas simples mestria e beleza da forma.
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