sábado, 4 de janeiro de 2014

A senhora da Mbooks da Alameda

E eu também não.
No início da semana fui passear com a minha namorada. E como acontece sempre, acabámos a ver livros em vários sítios. Um desses sítios foi numa daquelas feiras da Mbooks que nascem que nem cogumelos nas estações de metro, mais concretamente na do metro da Alameda.

Passo por lá muitas vezes, deve ser o poiso deste estilo que mais frequento, e já lá tive algumas surpresas agradáveis, e sempre me deparei com uma enorme simpatia da parte de quem quer que seja que lá tenha estado a vender. Não tive essa sorte, desta vez.

Como sempre fazemos, demos a nossa volta, vimos os livros, e até abrimos uns para crianças super engraçados com versões infantis das personagens da Disney, algo que, e isto é importante para o que vou contar a seguir, não costumamos fazer de todo. Normalmente limitamo-nos a olhar, talvez espreitemos uma sinopse ou outra, mas raramente abrimos um livro.

Mas foi enquanto nos ríamos de um Pateta bebé, que a senhora a vender livros naquele dia se aproxima disfarçadamente, como quem não quer a coisa, e diz que aquilo não pode ser, que vamos ali muita vez e olhamos e mexemos e nunca compramos nada e que assim não pode ser. E não disse isto da forma mais agradável possível.

Ora, eu compreendo muito bem a frustração que deve ser para quem vende, ver pessoas a entrar várias vezes e a raramente comprar alguma coisa. Ainda para mais se essas pessoas andarem para lá a escaranfunchar nos livros todos. Uma ou duas pessoas de vez em quando, nem faz mal. Mas se forem cinquenta, todos os dias, estragam-se os livros.

Portanto percebo a preocupação, a sério que sim. Mas acho que chegar ao pé de clientes e basicamente dizer-lhes "ou compram alguma coisa ou estão quietinhos, olha agora, sempre aqui a cirandar!", com maus modos, não é a melhor forma de lidar com isso.

A única coisa que conseguiu foi muito provavelmente perder dois clientes.

2 comentários:

Helena disse...

Pois, é assim que se perdem clientes! Que pena. Eu também posso compreender a frustação da senhora, mas dessa forma, não vai lá, não...

Rui Bastos disse...

Lá está... Compreendo a razão da reacção, mas não se pode reagir assim com clientes!