Título: Antologia Fénix III
Autores: João Rogaciano, Joel Lima, Luís Corujo, Manuel Mendonça, Marcelina Leandro, Nuno Almeida, Ricardo Dias, Rui Bastos (eheh), Rui Ramos, Samir Karimo, Vítor Frazão
Opinião: Podem ler a primeira parte aqui (ou ali em baixo). Vou novamente apresentar na forma de lista, não só por ser mais fácil, mas também porque gosto de listas, de uma forma geral.
- O primeiro natal ao vivo e a cores, de João Rogaciano, conta com uma boa escrita e uma história curiosa, mas acho que, muito provavelmente pela restrição de palavras, ficou a faltar desenvolvimento. Quer dizer, acho que merecia mais desenvolvimento, porque fiquei realmente interessado!
- Diálogo no Pólo Norte, de Joel Lima, tem uma ideia minimamente engraçada, mas acaba por ser um conto tão, mas tão mediana, a fazer convergir dois mitos (de classes diferentes, mas pronto)
- Pinheirinho, de Luís Corujo, é um conto com uma interessante, e inclui algo que raramente falha em qualquer história que apareça: VIKINGS! Apesar disso o autor conseguiu estragar a história com um final absolutamente terrível.
- Filhós e Azevinho, de Manuel Mendonça, foi um dos contos de que menos gostei. Não fiquei a perceber grande, só que há um demónio a ser ordenhado, que dá sangue, ou sei lá... Nem sei, nem sei.
- Missão de colonização, de Marcelina Leandro, nem sequer tem uma ideia muito má, mas o conto é terrível. Há uma Imediato Eva, um Comandante Adão, uma escrita mediana e uma conclusão que não conclui grande coisa. Não gostei.
- Noite de Surpresas, por Nuno Almeida, não está nada mal, mas acho é que o início não está coerente com o final, nem sei bem como explicar, mas o conto parece-me desfasado, de certa forma.
- Os Três Fantasmas, de Ricardo Dias, é um caso muito particular em que uma ideia excelente (a sério, tremenda) origina um conto fraco por causa da forma como a história é contada. Em vez de contar a coisa de forma cativante, o autor optou por ter as personagens a conversar e a explicar tudo, numa mera exposição que não se torna minimamente interessante.
- O Julgamento de Natal, não vou comentar, porque foi o conto que eu escrevi. Eu sei que já toda gente deve estar farta de me ouvir mencionar isso, mas eu quero lá saber, é o meu primeiro conto a ser publicado, sou um tipo mais feliz por causa disto! De qualquer forma, já lá topei uma vírgula mal posta...
- Conto de Natal, de Rui Ramos, é outro dos contos de que menos gostei, nesta antologia. Uma escrita que achei fraca, diálogos maus, uma história confusa e pouco interessante e, pior de tudo, um Deus e um Lúcifer muito pouco credíveis...
- Santa Claus Sideral y la Gota de Oro Navideña, de Samir Karimo, é outro conto em espanhol (galego?), mas deste não percebi pevas, portanto abstenho-me.
- O Último Natal, de Vítor Frazão, é um conto bonito, muito bem escrito, mas acho que a ficção científica não lhe faz falta. É mais uma história de amor passada num cenário de FC para a qual a FC não tem qualquer relevância. Não perde a qualidade por isso, atenção, mas perde alguns pontos, vá...
E pronto, está tudo dito acerca dos contos. Esta segunda parte foi mais fraquinha, e desceu o nível da antologia para mediana, com algumas pérolas tremendas lá pelo meio.
Em termos de considerações gerais, a formatação do ebook não é a melhor, mas o que mais me fez confusão foi o ter contos não traduzidos para português e ainda o facto de incluir contos dos próprios organizadores. É claro que cada pessoa é livre de fazer como muito bem lhe apetecer, longe de mim querer dizer como é que se faz uma antologia, mas acho que os organizadores se deviam abster de participar.
Já para não falar dos contos não traduzidos. Por exemplo, naquele que não percebi pevas, do Samir Karimo, posso estar a perder um conto fantástico. Enfim.
No geral é uma antologia razoável, com contos fantásticos e 2 ou 3 que achei maus, mas com a maioria a cair no mediano. Em termos de experiência, foi bastante agradável ver-me incluído entre tantos nomes que já conheço destas andanças e mal posso esperar por repetir!
2 comentários:
Ah, já agora, gostei d'O Julgamento de Natal, principalmente da ironia que envolvia o final da história :)
Muito agradecido! O teu foi dos que mais gostei, mas era tão triste... the feels, the feels!
Enviar um comentário