sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Marvel Fairy Tales

Título: Marvel Fairy Tales

Argumento: C.B. Cebulski
Arte: Claire Wendling, João M.P. Lemos, Nuno Plati, Takeshi Miyazawa, Ricardo Tércio Vinagre Guimarães, Kyle Baker


Opinião: Já tinha ouvido falar deste livro, mas a única opinião que conhecia era uma não muito favorável. No entanto o conceito sempre me fascinou, e decidi trazê-lo da biblioteca um dia destes.

A premissa é simples: recontar fairy tales utilizando super-heróis da Marvel como personagens. Há um Vision a fazer de Pinóquio, um Capitão América como Peter Pan, enfim, vocês percebem a ideia.

O resultado é bastante satisfatório! Ainda há mais volumes, mas as histórias recolhidas neste são bastante agradáveis: Pinóquio, Capuchinho Vermelho, O Feiticeiro de Oz, Alice no País das Maravilhas, Peter Pan, e uma fábula africana deliciosamente adaptada.

O conceito funciona porque as histórias de super heróis são uma espécie de contos de fadas ultramodernos. O Capitão América encaixa bem no papel de galante Príncipe Encantado, por exemplo, e quantas histórias não conhecem vocês de super heróis a salvar as suas donzelas?

Mas Cebulski conseguiu tornar o livro muito mais interessante graças a pequenos twists neste tipo de pensamento. Usar o Capitão América para fazer de Peter Pan, o eterno rapazinho, irresponsável, ainda que leal, e infantil por escolha própria, por exemplo. Ou ter o Thor, na adaptação de O Feiticeiro de Oz, a ser o espantalho, mas em busca de força e não de inteligência.

São pequenos detalhes que aproveitam muito bem as características específicas destes heróis, permitindo uma junção ao universo dos contos de fadas que funciona bastante bem.

E no meio destas histórias, a que achei melhor foi a última, a tal adaptação de uma fábula africana, com Magneto no papel de águia e Professor X no papel de tartaruga. A forma como a história está contada é absolutamente soberba, recriando com exactidão a complexa relação entre estas duas personagens mais que conhecidas, com o formato de fábula a assentar que nem uma luva.

Os diálogos de uma forma geral podiam ser melhores, mas a arte é boa, e nada prejudica o maravilhoso conceito que faz deste um óptimo livro.

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