Título: Sin City - A Grande Matança
Autor: Frank Miller
Tradutor: João Miguel Lameiras
Sinopse: Nas ruas de Sin City reina uma frágil trégua entre a polícia e as raparigas da Cidade Velha. Quando a morte de um polícia na Cidade Velha vem pôr em causa essas tréguas, Dwight vê-se obrigado a entrar em acção para defender as suas amigas. Mesmo que para isso tenha que morrer, ou matar montes de gente.
Opinião: Começo a acreditar que vai ser complicado encontrar uma personagem nestes livros que me agrade como Marv, ou uma história que me agrade tanto como a sua. Este livro ainda por cima continua a seguir Dwight McCarthy, protagonista de Mulher Fatal que não me fascinou por aí além.
O estilo continua a ser o mesmo, negro e depressivo, aquele arzinho noir que Miller tão bem consegue retratar, nos seus aspectos mais piedosos e mais brutais, normalmente ao mesmo tempo. O preto e o branco do jogo de sombras característico do autor continua a dar uma intensidade descomunal à história, que desta vez se foca mais num elemento bastante curioso dos livros anteriores: a Cidade Velha.
Em Sin City as prostitutas vivem todas na Cidade Velha, e ditam as suas próprias regras. Isso fica bem patente nos dois primeiros volumes de Sin City, com as aparições das prostitutas a serem dos momentos mais intrigantes dos vários enredos. Além de, bem, terem ar de prostitutas, têm todas um ar implacável, e é exactamente isso que acaba por ser explorado neste livro.
Isso e vertente emocional da praxe, que parece-me que Miller nem deve dormir bem se não enfiar uma história ou problema de amor no meio da história, que serve invariavelmente como motivação para os protagonistas matarem montes de pessoas. Oh sim, porque Miller também deve adorar ver bonequinhos a serem torturados e mortos das mais variadas e imaginativas maneiras, muitas delas devidas a Miho, a pequena e mortífera ninja protectora das prostitutas.
Sei que isto assim parece um pouco estranho, mas acreditem em mim, quando se está a ler um livro destes, que nos consegue deixar mergulhados na história da maneira que estes conseguem, isto faz tudo bastante sentido.
E tenho que dar destaque ao Jackie-boy, a personagem que despoleta grande parte dos acontecimentos deste livro, e que tem o seu momento alto enquanto alucinação, um papel que desempenha de forma perturbadora e ainda assim bastante natural.
Deixo-vos com esta ideia, bastante simples e fácil de seguir: Sin City é uma saga a ler. Ainda que o primeiro livro tenha sido o pico da espectacularidade, e estes 2 tenham sido só muito bons, esta é uma saga com qualidade do princípio ao fim (até ver) e que se torna obrigatória para qualquer fã de BD.
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