segunda-feira, 22 de julho de 2013

Last Argument of Kings (The First Law #3)

Título: Last Argument of Kings
Autor: Joe Abercrombie

Sinopse: Logen Ninefingers might only have one more fight in him, but it's going to be a big one. Battle rages across the North, the King of the Northmen still stands firm, and there's only one man who can stop him. His oldest friend and his oldest enemy. It's past time for the Bloody-Nine to come home.

With too many masters and too little time, Superior Glokta is fighting a different kind of war. A secret struggle in which no-one is safe, and no-one can be trusted. And as his days with a sword are far behind him, it's a good thing blackmail, threats and torture never go out of fashion.

Jezal dan Luthar has decided that winning glory is far too painful a process, and turned his back on soldiering for a simple life with the woman he loves. But love can be painful too - and glory has a nasty habit of creeping up on a man when he least expects it.

While the King of the Union lies on his deathbed, the peasants revolt and the nobles scramble to steal his crown. Yet no-one believes that the shadow of war is about to fall across the very heart of the Union. Only the First of the Magi has a plan to save the world, but there are risks. There is no risk more terrible, after all, than breaking of the First Law...

Opinião: Depois de 2 livros à espera que as coisas começassem realmente a acontecer, chego ao livro em que tudo acontece! E embora tenha gostado, tenho a dizer que fiquei desapontado.

O ritmo é praticamente o mesmo que no resto da trilogia, excepto as últimas 200 páginas (o livro tem quase 700, nota-se bem) que são mais aceleradas e incluem uns 2 ou 3 capítulos mesmo muito bons, quase apocalípticos, com constantes saltos de pontos de vista, muito rápidos, que dão intensidade à história.

As personagens continuam fenomenais, especialmente Glokta, como é óbvio, que vai coxeando por entre desgraças e sucessos, sempre a safar-se de alguma forma, mesmo que para isso tenha que fazer algumas coisas um bocado desagradáveis, como torturar os seus amigos mais chegados.

Mas é de facto neste livro que tudo acontece. A primeira metade, mais coisa menos coisa, é bastante focada em porrada. As batalhas sucedem-se no Norte, e a ameaça do Sul está cada vez mais próxima, portanto muito do tempo de antena é dado a pessoas a estraçalharem-se umas às outras.

Isto podia ter-se tornado extremamente aborrecido, pois tanta acção normalmente não dá azo a grandes desenvolvimentos de enredo, mas acho que o Abercrombie até se safou mais ou menos com isso. As cenas de luta estão bem feitas e são contrabalançadas por alguma evolução da trama, que consegue manter o interesse.

Depois as coisas começam a suceder-se, numa autêntica catadupa de revelações e desenvolvimentos, que culminam numa batalha final que infelizmente não achei tão bem descrita quanto isso.

Foi durante os tais capítulos semi-apocalípticos, dos melhores de toda a trilogia, em que o autor salta constantemente de personagem para personagem, mostrando várias perspectivas do que se está a passar, a um ritmo muito rápido e intenso, com um final a aproximar-se a passos largos mas a parecer nunca mais chegar.

Durante essa altura, o livro torna-se ainda mais viciante do que é habitual. Mas depois tudo acaba um bocado de repente, e é demasiado fácil. Há inimigos que são uma enorme ameaça praticamente desde o começo do primeiro livro, e que mal participam na batalha, sendo chacinados sem dó nem piedade pouco depois de entrarem em cena.

E depois seguem-se ainda umas boas dezenas de páginas para fechar os arcos narrativos todos e para fazer as grandes revelações que faltam, mas isso também me desapontou, mais que não seja porque antecipei mais de metade das grandes revelações deste livro, que seguiram muitas vezes um caminho fácil e demasiado óbvio para o meu gosto.

Gostava que o enredo tivesse sido mais intrincado, menos óbvio, porque é isso que espero deste autor. Em Best Served Cold fui enganado e aldrabado montes de vezes, e ao longo desta trilogia, e deste livro em particular, fui apenas ocasionalmente surpreendido, porque o resto se via a milhas.

Mas isso não fez deste um mau livro: foi, aliás, uma óptima leitura, e uma conclusão bastante boa da trilogia. Apenas não foi tão estrondoso como eu imaginava que seria e gostava que tivesse sido.

2 comentários:

Francisco disse...

Olá, por acaso não sabes quando este livro será publicado em português?

Ao que me parece tem existido um problema qualquer com a Gailivros, editora que detém os direitos de publicação da obra em Portugal.

Existem um sem fim de obras desta editora que não estão a ser concluídas.

O teu blog é fantástico.

Rui Bastos disse...

Pois que não sei, mas isto era publicado na 1001 Mundos, que passou da Gailivro para a Asa. Se quiseres saber mais, talvez possas tentar por aqui: https://www.facebook.com/1001mundos?filter=1

Obrigado :)