História: Stephen King
Adaptação: Robert Aguirre-Sacasa
Arte: Mike Perkins
Opinião: Comprei esta BD há uma série de anos, numa Feira do Livro, por menos de metade do preço. Foi mesmo um daqueles momentos "ok, não vou resistir a isto". Por acaso acho que já tinha o livro original, mas ainda não o tinha lido, o que significa que este volume ficou a apanhar pó nas minhas estantes.
Mas no Verão passado lá li as mil e trezentas páginas do The Stand, adorei, e disse para mim próprio que esta BD tinha que marchar.
Nove meses depois... Lá peguei nele. O "problema" de ter muitos livros em lista de espera é que há uns que vão sempre sendo atirados para o fim da lista, ou que são constantemente ultrapassados e pronto. Mas agora já está!
O que tenho a dizer é que gostei da adaptação. Em termos de argumento isto ficou muito bom. Consegue captar o tom do Stephen King, seja nos momentos mais calmos, nos mais violentos ou nos mais perturbadores, sempre fiel ao livro original.
A arte, por seu lado, embora consiga acompanhar minimamente, é o ponto fraco do livro. Não se deixa intimidar por cenas mais sangrentas de cabeças a serem esmagadas de forma bastante explícita, é certo, mas sofre de excesso de detalhe.
São daqueles desenhos que tentam ser o mais realistas possíveis e acabam obcecados com os pormenores. Isto leva a expressões faciais ridículas, mais músculos do que é normal, super-ultra-definição completamente irrealista nalguns objectos... Uma pena.
Mesmo assim fiquei curioso para ler o resto da colecção (ninguém achava que um livro do King se ia dividir em menos de seis livros, pois não?). Este volume é o terceiro, o que não me fez particular espécie por já conhecer a história, o que significa que não perdi nada e entrei de imediato na narrativa, sem grandes problemas, mas que pode trazer problemas a outras pessoas. Só que pronto, é óbvio que não vão começar pelo terceiro volume, não é?
Não é que percam muito... Mas há cenas aqui que só têm o seu efeito total quando devidamente contextualizadas. Os grupos ainda estão todos separados e começam aqui a encontrar-se, já perto de metade da história, que caminha para um ponto de viragem importante. Como tal, esta parte é mais calma e lenta, ainda que cheia de tensão e repleta de momentos marcantes e essenciais, como o "acordar" de Harold e uma cena particularmente poderosa em que uma velhota (a boazinha) é rodeada por bichos à mercê do Dark Man (o vil... acho que não preciso de explicar) e consegue repeli-los.
Para terminar, uma nota positiva para a arte, que mesmo sendo, na minha opinião, o ponto fraco do livro, consegue capturar muito bem alguns momentos, especialmente os mais violentos e uma ou duas situações em que aparece o Dark Man.
Tenho que ver se consigo encontrar o resto, embora não tenha achado isto fantástico o suficiente para precisar de encontrar o resto...
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