sexta-feira, 4 de julho de 2014

Drácula de Rat Stoker


Argumento: Bruno Enna
Arte: Fabio Celoni e Mirka Andolfo
Tradução: Ana Ferreira, Joana Berardo Frazão, Joana Fabião, Rafaela Mota Lemos

Opinião: Esta história é pura e simplesmente uma das melhores adaptações do clássico de Bram Stoker que conheço. Bruno Enna pega na história mais do que conhecida e que já foi adaptada até à exaustão, e escreve uma sátira inteligente, recheada da silliness típica destas personagens.

Mickey é Jonathan Ratker, Minnie é Minnina, Pateta é Van Helsing e Mancha Negra é o próprio Drácula, com todas os poderes e fraquezas inerentes ao cargo, mas com uma ligeira diferença: lembram-se do monstro sugador de sangue? Agora é um apreciador de... beterrabas!

Antes disso, no entanto, tenho que dizer qualquer coisa sobre os desenhos. E a cor. A arte em geral, vá. Não sei bem como descrever o estilo, mas talvez gótico seja apropriado... A verdade é que as cores sombrias e bem conjugadas estão perfeitas e em sintonia com os traços semi-rabiscados, exagerados mas elegantes. É o grande ponto a favor desta história, o facto de ser um autêntico regalo para a vista!!

Quanto à história, eu quando comecei a ler nem me lembrei, mas isto é uma publicação para putos, não podiam propriamente ter a história de contornos sexuais e pormenores sangrentos correspondente à original. Mas nada de preocupante! Trocaram o sangue por beterrabas e tudo ficou bem.

Além de hilariante, é genial, proporcionando alguns momentos de pura comédia. Ver o Pateta a falar com um sotaque holandês falso foi qualquer coisa de especial, e o Mickey ficou felizmente reduzido a ser o herói secundário que merece ser (não sou fã do pequeno rato irritante, não). A Clarabela como amiga de Minnina e primeira vítima do Drácula também é engraçado... A certa altura começa a tornar-se numa beterraba!

Bem, vocês não sabem o que eu me ri a ler isto, Conhecendo bem o livro de Bram Stoker, esta história foi uma autêntica delícia. Fiquei com pena que fosse tão curta, não me importava que tivessem roubado espaço aos Ultra-Heróis! Mas pronto, não foi nada mau. Agora vá, toca a procurar e a ler a Comix #48 e a #49, nas quais a história está dividida. Eu aconselho.

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