sábado, 12 de julho de 2014

Eu e a poesia


Acho que chegou a altura de me crucificar. Quem seguir o blog regularmente já deve ter percebido - eu não me esforço para ser subtil - mas eu odeio poesia.

Talvez odiar seja uma palavra muito forte, mas pronto, eu não gosto mesmo nada de poesia. De uma forma geral, sim. Ou, para os mais esperançosos e preciosistas de vocês, ainda não encontrei um único poema até hoje que me tenha agradado.

As minhas razões são várias, mas essencialmente duas: uma que nada tem a ver com a poesia em si, e outra que corre o risco de ser uma generalização excessiva, mas pronto.

Comecemos pela única que é efectivamente válida, aconteça o que acontecer. Como fã de literatura de uma forma bastante abrangente, e do Fantástico em particular, tenho um ódio de estimação aos intelectuais que predominam na crítica e nos meios académicos.

São pessoas que nem sequer reconhecem o Fantástico como literatura decente, mas sim como literatura de segunda divisão, e que depois elevam a poesia aos píncaros da genialidade e da maravilha escrita.

Logo para começar, alguém que não considere a obra de Tolkien como uma das maiores obras-primas literárias de sempre simplesmente não bate bem da cabeça. Só pode ser alguém com um profundo preconceito e incapaz de reconhecer o brilhantismo fora das diminutas paredes daquilo que acha correcto.

Reparem como o cachimbo lhe fica bem... O Nobel póstumo para ele!
E não, não precisa de gostar dos livros de Tolkien. Eu também não gosto de praticamente nada do que li de Pessoa (as excepções são... prosa), mas admiro o génio e reconheço a importância da(s) figura(s) e do(s) poeta(s) que ele era.

E quem diz Tolkien, diz Stoker, LeGuin, Shelley, Alan Moore (que ainda por cima escreve BD, mas essa é outra conversa) e muitos, muitos outros.

Estes críticos/académicos/intelectuais conseguem apenas ser snobs e fecharem-se numa redoma de suposta "literariedade", ignorando grandes sectores da Literatura, que não é só Saramagos, Hemingways e Balzacs.

Ora, esta ostracização do Fantástico juntamente com o facto de situarem a poesia num pedestal, pura e simplesmente por ser poesia, chateia-me de morte. Faz com que eu seja anti-poesia logo à partida, por princípio. Se podem ser anti-Fantástico, eu posso ser anti-poesia, e vamos ver quem é que se diverte mais.

Percebem o que eu quero dizer, não percebem?

Passemos então ao argumento que muito provavelmente é uma generalização (mas eu não quero saber). Já li poesia, já li sobre poesia, já estudei poesia e nunca - nunca! - encontrei nada que me agradasse. Sim senhor, o Pessoa era um génio, mas acho a poesia dele intragável. O Camões escreveu um épico que é um dos meus livros favoritos de sempre, tudo bem, mas os sonetos dele? Fora! E a lista continua.

Isto porquê? A forma fácil de explicar é: eu não tenho paciência para lirismos entretidos com eles próprios. Eu concedo que existam poemas, inclusivamente alguns que eu li, que são peças literárias de excelência objectiva e absoluta. Mas não suporto que os poetas, ou as pessoas que se consideram poetas, possam cuspir qualquer coisa para uma folha em branco, chamar-lhe poema e ser considerado um autor do caraças.
Tudo o que está errado com a poesia.
Lamento muito, mas o pináculo da literatura não é o Álvaro de Campos a dizer que nem teve tempo de passar a manteiga nos dentes. Ou a descrever meninas de oito anos a masturbar homens no vão das escadas. Nem o Camões a escrever odes às suas conquistas exóticas, que mais não são do que um registo que podia ser reunido num livro chamado "É assim que se apanham doenças sexualmente transmissíveis".

Também já li Cesário Verde, Jorge Luís Borges, alguma coisa de Poe, Shakespeare, António Manuel Ribeiro (vocalista dos UHF) e mais uma mão cheia de autores cujos nomes não me lembro, e a minha opinião é sempre a mesma: a poesia rapidamente se torna no equivalente literário da arte moderna.

Vocês sabem do que falo, aquela "arte" em que se pendura um quadro preto com dois metros por dois metros e uma bolinha branca de cinco centímetros de diâmetro exactamente no meio, e se fecha a loja. Porque já fizeram arte. Um quadro preto com uma bolinha branca no meio.

Que avant-garde.

Como tal, acabo por sofrer de algum preconceito relativamente à poesia. E de generalizar a minha experiência pessoal com o que já li a toda a poesia. Ambas estas posições são erradas, mas inevitáveis. Literatura não é Ciência, as minhas opiniões e posições nem sempre são necessariamente racionais. Tal como qualquer leitor, temos uma visão mais emocional da Literatura. E acontecem destas coisas.

Dito isto, eu tenho perfeita noção de que não posso "desistir" já da poesia. Provavelmente vou continuar a apregoar que é tudo horrível e uma nódoa na Literatura mundial, mas irei continuar a ler, a fazer experiências. Tenho esperanças para Poe, que irei aprofundar, e para Shakespeare e alguns autores britânicos mais antigos.

Curiosamente, de autores portugueses não espero grande coisa. Eu conheço bem o estilo de escrita português, e embora sejamos considerados um país de poetas, acho que bem mais de metade cai naquela analogia com a arte moderna.

Logo se vê. Eu prometo ir dando notícias. Só nunca irei deixar de preferir uma bela meia dúzia de parágrafos em prosa a um qualquer poema.

15 comentários:

Sara disse...

Puxa, eu adoro o Cesário, o Pessoa (especialmente o ortónimo), Sophia, a Florbela, Brecht...Camões achei um pouco secante quando dei na escola. Com um poema dá para falar de tudo, desde coisas banais até criticar a sociedade...Não é só atirar palavras para uma folha. Como em todos os géneros há o bom e o mau...Infelizmente a poesia é dos géneros mais desconsiderados, na minha opinião. Quanto ao primeiro argumento não creio que a culpa seja da poesia, mas do pessoal que adora estar no pedestal. Ás vezes leio críticas de especialistas e nem percebo o texto de tão cheio de floreados...

Cumps!

Rui Bastos disse...

Pois que nunca li Sophia, nem Florbela, nem Brecht. Mas um dia irei tratar disso.

De resto concordo, e eu digo isso: tenho problemas com as pessoas que falam assim de poesia, e não com a poesia em si. É preconceito, mesmo!

Moscambilhas disse...

Descobri o teu blog há poucos dias (não obstante entro assim á campeão a tratar por tu. Ou o anonimato da Internet é uma coisa maravilhosa ou eu sou mais mal educado do que os meus pais pensavam). Tenho a dizer-te que tenho gostado bastante do que vejo! :)

Quanto ao tema em questão, tenho uma opinião muito parecia com a que aqui foi exposta.

Percebo quando referes a "santificação" que muitas vezes é feita da poesia,e concordo com essa visão das coisas. Mas é engraçado observar que a poesia parece viver numa dicotomia forte. Ora é endeusada ou então é tida como algo de ridículo e de baixo, podendo muitas vezes ser o género literário que mais atacado é. Não nas esferas da crítica mais especializada, mas numa opinião mais geral e mais leiga, por assim dizer, da literatura. Basta pensar na imagem comum que temos "do poeta", e que podemos dividir em duas categorias que representam bem o que quero ilustrar: a visão romântica do poeta como um espírito sensível com apetência para o belo, mestria nas palavras, e um Son Goku das rimas belas seria a primeira e a doutrinada pelos tais críticos de alta patente. Ou então a visão do "poesia é larilas" -meaning, algo de ridículo, supérfluo e vagamente vergonhoso, correspondendo a tal visão mais embaraçada da poesia. Esta segunda categoria é verdade que funciona quase como uma caricatura, mas aqui entre nós, por vezes não deixa de ter também os seus méritos. :P

Dito isto já deve ter dado para perceber que eu também não gosto de poesia. É estranho, porque para usar uma expressão do texto eu aprecio "lirismos entretidos com eles próprios". Ou não indo tão longe, aprecio lirismos. E sou mesmo capaz de gostar de alguns poemas (Pessoa, sobretudo). Mas... Sou incapaz de ler um livro de poesia de uma ponta a outra e apreciar a experiência. Mesmo quando os poemas são ligados entre si por uma temática evidente, sinto sempre uma desconexão de um para ao outro a cada virar de página. E aí, até poemas que podem ter grande força e funcionar bem comigo em separado, num contexto de curta convivência, ou num contexto mais específico, deixam de funcionar. E francamente, rapidamente entramos no campo do extremamente aborrecido.

Por isso já desisti a algum tempo da poesia. Não quer dizer que não volte a pegar num livro ou outro de poemas que me chame a atenção. Mas por principio parece-me muito difícil, pelo que disse e porque sinceramente, há tantos livros bons para ler e tão pouco tempo, que desperdiçar o meu com poemas soa-me quase obscenamente errado!

Continuação de bom trabalho!

P.S: Ao reler o comentário lembrei-me: talvez a minha excelente capacidade de síntese tenha algo a ver com o meu desencanto com a poesia. :P

Rui Bastos disse...

Santificação era exactamente a palavra que me faltava. É isso que acontece e muito me aborrece com a poesia.

Mas tens razão numa coisa que eu não referi, por constantemente passar por cima disso: a poesia também é um género muitas vezes rebaixado pela população em geral. Não podia estar mais de acordo.

É claro que isso estraga um bocado a minha tese de ser anti-poesia por haver quem a santifique, porque se torna válido dizer que sou a favor por haver quem a recrimine.

Temos que ter uma posição flexível, parece-me. Porque é preciso defender a poesia enquanto género válido, com coisas boas e coisas más, mas é preciso atacar a poesia quando a põem num pedestal e a dizem inalcançável.

Posso gostar ou não de poesia, e inclusivamente criticar (e muito) a poesia e quem a defende de forma acéfala, mas tenho que a defender quando a menosprezam sem argumentos para além do "é maricas".

Isso não ficou claro no meu texto, e fica aqui a ressalva.

Portanto obrigado Moscambilhas, pela tua opinião e por me teres "forçado" a escrever esta adenda.

Moscambilhas disse...

Uma posição mais flexível parece-me mesmo o mais acertado quer em relação a poesia ou a qualquer forma de arte (mesmo aquela que por ter palavras "conceptual" "moderna" se safa muitas vezes com coisas que de outra forma não seriam permitidas).
Será então uma questão de defender o género como literatura com direito a vida, mesmo não apreciando as inúmeras disformidades que pessoalmente se possa ver na criatura. E penso que qualquer pessoa que goste de livros e razão será obrigada a pegar nas suas espadas literárias para defender o género quando chegamos a terra do "é larilas e mau porque sim", por isso estamos de acordo ai.

O prazer foi todo meu, e tentarei ir dando um salto por aqui de quando em vez. É bom ler e falar de literatura.

Rui Bastos disse...

Concordo. Mas não hesitarei em atirar pedras com regularidade, no entanto!

Volta sempre ;)

Anónimo disse...

Rui,
eu percebo que gostes mais de prosas e narrativas, designadamente das narrativas fantásticas. Acho que quem percebe verdadeiramente alguma coisa de literatura saberá que quando a força da escrita se conjuga com uma imaginação capaz de criar universos apenas se pode estar diante de verdadeiras obras primas (RIP Tolkien).

Porém, ao falar em poesia tem que se ter presente que enquanto a prosa visa contar uma história, por mais abstracta que essa seja (GM Tavares esta é para ti...) a poesia visa fazer quem lê sentir aquilo que o sujeito poético sente.

Portanto, a prosa está para as histórias e contos e os poemas destinam-se à exaltação das emoções. Depois existem os génios que exaltam um sentimento de orgulho e patriotismo enquanto contam a história dos portugueses através de rimas e estrofes metricamente rigorosas(Camões, quem me dera ter o olho que tu tinhas para a coisa...).

Já quanto à mariquice/sensibilidade dos poetas, prefiro chamar-lhe genialidade pois rimar qualquer um rima; mas dotar um conjunto de caracteres, palavras frias, com um sentimento e fazê-las rimar, dispô-las numa métrica que lhe dá uma musicalidade, um ritmo e um tom próprio e transmitir o que se sentia naquele momento é algo que deve ser descrito como genial.

Por isso, não chamo aos poetas maricas (Se bem que alguns como o Botto eram meio pedófilos e tal...).


Para acabar, deixo aqui algo para apreciarem:

Gosto de palaversar
Contigo, conversar
Através do versar
Versado. É diverso

Do resto da narrativa
Diária, proibitiva
Da emoção emotiva,
Só texto tentativa.

Gosto de expressão
Escrita, exclamação
Lírica, interrogação
Sentida, inspiração

Em caracteres, juntas
Palavras com disjuntas
Emoções, e as perguntas
Eternas nunca defuntas?

Pena penada sem a tinta
Da caneta já extinta,
A tecla que não tilinta,
Mas a palavra nos finta.

Permanece viva em incerto
Significado, a coberto
Dum fado boquiaberto
Ou dum espírito liberto.


A vida em poemas? As canções
Ferida, os embalos relações,
A medida dos piropos rifões
E a destemida ode dos corações.



Maria de Lurdes Sanches disse...

A esta tua opinião não posso ficar indiferente. Pois aí vai a minha sobre a tua:
- Em primeiro lugar, deixas passar a ideia que o teu desamor pela poesia surge como reacção ao facto de a literatura fantástica ser desprezada. Em arte, como tudo na vida, uma predilecção não anula forçosamente todas as outras manifestações. E depois, não concordo com o favorecimento dado pela crítica à poesia. Pelo contrário, entres muitas dedicadas à prosa, seja ela de que tipo for, lá vem um destaque ao texto poético. E é natural que assim seja dada a quantidade de prosa publicada.

- Ao teu segundo argumento, “lirismos entretidos com eles próprios”, acho piada pois acabas por definir, se bem que o teu propósito fosse ironizar, a essência da poesia. É mesmo o entrar dentro de si e dizê-lo ao mundo, é exteriorizar desassossegos e estados de alma, é partilhar emoções e tentar compreendê-las e vivê-las. Mesmo a poesia narrativa e realista de Cesário chega-nos filtrada e condicionada pelo que o real provoca no poeta.

E, antes de te deixar um poema de Saramago, deixa que te diga que acho que virás a gostar de poesia quando sentires a necessidade de procurar respostas, de procurares alento. Obviamente, um poema não nos empolga com as peripécias, não provoca suspense nem nos deixa com ansiedade de saber como tudo vai acontecer.
Mas é companhia, conforto, beleza… Há lá maneira mais expressiva de definir a saudade que dói do que este sublime “ Comer o passado como pão de fome, sem tempo de manteiga nos dentes!”

Passado, Presente, Futuro

Eu fui. Mas o que fui já me não lembra:
Mil camadas de pó disfarçam, véus,
Estes quarenta rostos desiguais.
Tão marcados de tempo e macaréus.

Eu sou. Mas o que sou tão pouco é:
Rã fugida do charco, que saltou,
E no salto que deu, quanto podia,
O ar dum outro mundo a rebentou.

Falta ver, se é que falta, o que serei:
Um rosto recomposto antes do fim,
Um canto de batráquio, mesmo rouco,
Uma vida que corra assim-assim.

José Saramago, in "Os Poemas Possíveis"

Rui Bastos disse...

asesereis, eu acho que isso que disseste é válido, mas que um poema também pode contar uma história e que um conto também pode ter apenas o propósito de exaltar emoções.

Professora, eu assumo o preconceito! Em parte é uma das razões para ser anti-poesia, e sempre o disse.

Os lirismos entretidos consigo próprios chateiam-me não só na poesia... É só ver uma metáfora que se enamora de si própria, e perco o interesse!

Esse seu último argumento é que não pode ser. É como o que uma colega minha dizia "ainda vais encontrar a fé, quando precisares" - não. Também não digo definitivamente que vou para todo o sempre odiar poesia, mas não aceito essa linha de raciocínio, que seja certo e sabido que eventualmente vou gostar de poesia (ou encontrar a fé), porque é algo inevitável.

Quanto a expressar saudade:

"Lembro-me das palavras de Eneias tal como recordo as palavras do poeta. Lembro-me de cada palavra porque elas são o tecido da minha vida, a mante em que estou urdida. Toda a minha vida, desde a morte de Eneias, ode parecer uma tecedura arrancada do tear antes de estar concluída, um emaranhado sem forma de fios, não servindo para nada, mas não é assim. Porque a minha mente regressa sempre ao ponto de partida, descobrindo o padrão e executando-o. Eu era uma fiandeira, não uma tecedeira, mas aprendi a tecer."

Excerto de "Lavínia", de Ursula K. LeGuin, conhecida autora de ficção científica.

Anónimo disse...

Rui,
Como ressalvei logo, os génios cruzam ideias, conceitos, géneros e estilos para criar algo único. (E dei o exemplo do LV Camões, mas posso referir o Patrick Rothfuss como autor que dota os seus livros com poemas para conferir à sua obra uma musicalidade única e bastante agradável.)

Claro que uma prosa também gera emoções, mas acho que primariamente o objectivo de qualquer prosa é contar uma história que gere emoções. Já a poesia quer é fazer sentir os outros através das palavras aquilo que o sujeito poético sente sem recorrer a personagens ou a uma história. Claro que isto são objectivos primários, linhas gerais que depois "sofrem" o trabalho e o engenho dos génios.

E acho que já disse isto aqui no blog umas quantas vezes, mas repito:

Os géneros literários existem ainda que cada obra seja uma obra. Todavia, por cada obra ser uma obra é que não devemos fechar-nos sobre um único género preferido nem construir muralhas onde elas não devem existir. A literatura como toda a arte deve primar pela liberdade e diversificação de ideias e histórias.

Acho que no mundo literário existem obras que simplesmente não gostamos e obras que humildemente adoramos, por muito boas que as primeiras sejam e por muito más que as segundas sejam.

Por isso, devemos é apreciar obras e consoante a obra dar a nossa opinião sobre ela (Como tu tão bem fazes Rui).

Abraço Rui,

Quando ao comentário da senhora professora Maria Lurdes Sanchez (Muito prazer), deixe-me dizer que concordo totalmente consigo e passo a completar a sua oração:

"Mas é companhia, conforto, beleza..." e tudo o mais que alguém queira partilhar da forma mais íntima da literatura - que é como todos sabemos a poesia.

Mais uma vez, um prazer senhora professora.

Rui Bastos disse...

asesereis, concordo contigo... Tens uma visão muito clara destas coisas. O meu preconceito quanto à poesia é mais forte do que um problema de qualidade, mas isso é outra história.

Mas como já disse, eu vou continuar a dar hipóteses, sempre a queixar-me, mas pode ser que até encontre algo interessante. Sugestões?

Anónimo disse...

Rui,

Portugal é um país de escritores e de poetas. De certo que arranjarás algum que te interesse. (Fernando Pessoa agrada-me muito nomeadamente a sua fase mais ocultista, mas existem muitos mais.)
Porém, o meu conselho maior é: Quando não te apetecer dedicar ao Blogar ou à escrita narrativa, arranja uma caneta e um papel, tem ideias e foge para o mundo lírico (Normalmente, ao pé da almofada fica sempre um bloco de notas prestável para os nossos pensamentos mais oníricos e brilhantes serem anotados ;)

Não precisa de ser sobre os temas clássicos da poesia. Existe tanta palavra para ser (ar)rimada com outras que é uma coisa louca. Depois, permite-te evoluíres na escrita e nos truques narrativos bem como alargar perspectivas e ter experiências novas.

Abraço!

Rui Bastos disse...

Darei oportunidades suficientes para que apareça algum poeta que me agrade. Não posso fazer muito mais!

Quanto ao teu conselho, talvez um dia, embora esperasse sentado, se fosse a ti... Vou continuar a escrever, em princípio, isso sim, o resto logo se vê.

Abraço!

Super Sónia disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Rui Bastos disse...

Não tenho paciência para essas coisas, se é para refilar, refila-se! :p